22/12/2024
Política Nacional

Direita em transformação: os ratos fazem a festa

Na política atual, assim como nos antigos navios, podemos notar a presença de certos grupos ou indivíduos que, à semelhança dos ratos a bordo de navios, se infiltram em partidos e movimentos populares para se beneficiar o máximo que puderem, enquanto destroem o que está em volta. Nos navios, os ratos se aproveitavam da comida que não encontrariam em abundância em outros lugares, na política, buscam a popularidade e aceitação que jamais teriam se fossem sozinhos, apresentando suas próprias ideias. Enquanto os ratos no navio, contaminavam os recursos, enferrujavam partes metálicas e roíam o casco antes de fugirem, os ratos políticos tentam absorver o eleitorado enquanto minam o alvo escolhido, com a diferença de que continuam causando danos mesmo depois de abandonarem o barco.

Popularidade e influência, tudo que os ratos políticos não têm, mas desejam conquistar de forma desonesta. Piores que os ratos nos navios, que causavam danos por instintos primitivos, na política os ratos escolhem racionalmente percorrer um caminho de desonestidade e manipulação, ao mesmo tempo, em que corroem tudo que encontram em sua busca desenfreada por poder.

Inicialmente, eles se aproximam de líderes com grande aceitação popular, conquistando a confiança e usando essa proximidade para se promoverem. Enquanto parecem apoiar o líder publicamente, nos bastidores usam de sua desonestidade intelectual espalhando mentiras para plantar dúvidas, questionando decisões sem propor alternativas e criando intrigas. A intenção é desestabilizar a base de apoio do líder, e que com o tempo, essas ações minem a confiança que o eleitorado tinha, criando divisões e facilitando uma eventual fuga de apoiadores para quando pularem fora do barco.

Uma vez fora do barco, os ratos deixam aparecer toda a sua hipocrisia e ingratidão, não só celebram a queda e as dificuldades do líder que fingiam apoiar e de quem desfrutaram dos benefícios, como também criam os obstáculos. Adoram criticar quando poderiam ajudar, espalham rumores mesmo sabendo que algo não tem chance de ser verdade e em alguns casos atacam diretamente com xingamentos. Mas quando rebatidos ou criticados, ao invés de admitir os próprios erros, rapidamente se fazem de vítimas, dizendo que estão sendo perseguidos ou injustiçados, com a intenção de criar uma imagem de que são honestos e heróis incompreendidos, quando, na verdade, agiram de forma desonesta. E assim jogam frases de efeito aos quatro ventos: “Olhem como sou injustiçado! Não veem como estão me atacando?”, “Não vamos dividir a direita!”, “O líder nos traiu!!!”.

“Paladinos da verdade”, assim os ratos se apresentam, e fazem parecer que foram os verdadeiros heróis o tempo todo, que sempre souberam dos defeitos de seu ex-líder e só estavam esperando o momento certo para “revelar a verdade”. Criticando o antigo aliado e iludindo o público com promessas vazias, sempre com o objetivo de obter mais poder. Oportunistas por natureza, esses indivíduos veem a política como um jogo de interesses pessoais, onde tudo se justifica para alcançar posições de destaque e influência.

Nesse cenário o debate público é distorcido e manipulado, enfraquecendo a capacidade de discussões de pautas que genuinamente possam oferecer melhorias para a sociedade. A política não deve ser guiada por oportunistas que só pensam em si, e nem o debate público ser dominado pelos seus delírios. Uma das maneiras de enfrentar as falsas narrativas e evitar, ou pelo menos diminuir ser alvo desses jogos de manipulação, é adotar uma abordagem informativa e transparente, trazendo para a população o porquê das decisões estarem sendo tomadas, o que elas têm a ver com o caminho que está sendo trilhado, e qual objetivo que se pretende atingir trilhando esse caminho. Embora alguns digam que não, é possível passar informações do que está sendo feito de forma mais transparente, e sem revelar as partes da estratégia que devem ficar em segredo para que ela dê certo.

Com informações claras postas na mesa, mesmo que sempre existam alguns indivíduos que tentem distorcer os fatos e atacar com mentiras, estes serão confrontados pela própria população que tentam enganar, e que terá as informações e os conhecimentos necessários para fazer isso. E quando isso acontece, e se repete por várias vezes, as narrativas que forem falsas caem com as máscaras, e logo, os ratos incapazes de suportar as críticas geradas unicamente pela sua má conduta, perceberão que o mecanismo padrão de vitimização sem sentido não surtirá efeito, e correrão para se esconder. Não importa o quão habilidosos os ratos sejam, a verdade sempre vem a tona, e como uma luz no meio da escuridão, que por menor que seja, ajuda a revelar os caminhos e desafios pela frente, cabendo a cada um de nós, fazer as escolhas corretas.